Controle de Caramujos

Os caramujos terrestres e aquáticos podem se tornar um problema para a saúde pública e ambiental podendo transmitir doenças, predar plantas ornamentais, macrófitas e culturas agrícolas.

No ambiente aquático, o caramujo (Pomacea canaliculata) é um molusco nativo das regiões tropicais da América do Sul, com alta variação interpopulacional em relação ao tamanho, forma e espessura da concha.

Esses moluscos habitam ampla gama de ecossistemas, desde pântanos e lagoas até lagos e rios. O controle de caramujos de água doce é amplamente estudado, pois muitas espécies são hospedeiras de parasitos humanos, especialmente, Schistossoma mansoni ou são prejudiciais a culturas agrícolas de regiões alagadas.

Para o controle químico destes gastrópodes terrestres ou aquáticos, são utilizados

vários compostos, tais como: os metais com ligantes orgânicos apropriados; as iscas contendo quelados de ferro e alumínio; as iscas contendo metaldeído e carbanatos, os inseticidas isoprocarb e a niclosamina; e compostos derivados do cobre.

O cobre é um moluscida interessante por causa do baixo custo, por ser altamente tóxico aos moluscos e por apresentar baixa toxicidade para os mamíferos, incluindo o homem. Segundo a Organização Mundial de Saúde extratos de plantas com CL50 menores que 40 mg [L.sup.-1] podem ser empregados diretamente no controle de populações de moluscos, enquanto que extratos menos ativos podem ser fontes de novos compostos com atividades moluscidas.

A concentração letal 50% (CL [(I).sub.50;96h]),estimada para o caramujo (P. canaliculata), foi de 0,07 mg [L.sup.-1] de moluscida, com limite inferior de 0,05 mg [L.sup.-1] e limite superior de 0,10 mg [L.sup.-1]. A equação que representa a relação linear da concentração-resposta foi y = 960,54x – 11,99, com [R.sup.2] = 0,89.

Não ocorreram mortalidades nas concentrações de 0,0 e 0,01 mg [L.sup.-1].

Na concentração de 0,03 mg [L.sup.-1], a mortalidade foi de 11,11%; em 0,05 mg [L.sup.-1] foi de 22,22%; em 0,07 mg [L.sup.-1] foi de 44,44%; e na concentração de 0,1 mg [L.sup.-1], a mortalidade foi de 100%. De acordo com dados práticos e de pesquisa a azadiractina (Extrato de Nim) pode ser considerada moderadamente tóxica (CL50 > 1 < 10) para o caramujo, visto que a concentração letal 50% estimada foi de 1,68 mg [L.sup.-1], equivalente a 142,75 ml [L.sup.-1] de extrato aquoso.